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​Aquário Vasco da Gama - Marinha Portuguesa


“Conservação ex-situ de organismos fluviais, reprodução em cativeiro e reintrodução do Ruivaco-do-Oeste”

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O Aquário Vasco da Gama (AVG) libertou, no dia 14 de abril de 2011, 400 exemplares de Ruivaco-do-Oeste (Achondrostoma occidentale), uma espécie de peixe de água doce endémica de Portugal cuja área de distribuição se limita aos rios da região Oeste, Sizandro, Alcabrichel e Safarujo.

Estes exemplares foram reproduzidos em cativeiro no AVG, no âmbito de um projeto de conservação de espécies e plantas criticamente em risco, aprovado pelo Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, que junta através de colaboração celebrada em protocolo assinado em 15 de julho de 2008, a Quercus, a Unidade de Investigação em Eco-Etologia do Instituto de Psicologia Aplicada (ISPA), a Faculdade de Medicina Veterinária e a Marinha Portuguesa.

Numa primeira fase o projeto visava apenas garantir a manutenção em cativeiro de um repositório genético de um conjunto de espécies fluviais, entre as quais o Ruivaco-do-Oeste.

O grupo original de exemplares desta espécie foi utilizado nos ensaios preliminares realizados no AVG que permitiram estabelecer as condições de manutenção e reprodução posteriormente aplicadas nas restantes espécies de peixes abrangidas pelo projeto e transferidas para a estação de aquacultura da Quercus para reprodução em maior escala. A reprodução em cativeiro do Ruivaco-do-Oeste foi realizada pela primeira vez no AVG e foi descrita num artigo publicado em 2010 no nº 41 da revista Journal of the World Aquaculture Society.

Na segunda fase do projeto previa-se a utilização das populações criadas em cativeiro em ações de repovoamento dos rios, associadas a projetos de recuperação de linhas de água.

Com a autorização da Autoridade Nacional Florestal e após a intervenção dos parceiros ISPA e Quercus junto das autoridades locais e no campo, para a recuperação da vegetação de um troço do rio e a criação de ressaltos para arejamento da água, criaram-se as condições para a libertação dos primeiros grupos de peixes.

Os peixes foram libertados no rio Alcabrichel, entre as localidades de Ramalhal e Abrunheira (coordenadas: 39°8'10.19" N; -9°12'55.36" W), perto do local onde foram capturados os seus progenitores.

Retirado do livro "25 Anos Prémio Defesa Nacional e Ambiente". Edição: Ministério da Defesa Nacional

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