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​​Memórias de Guerra#9

Uma experiência vivida e contada na primeira pessoa por Vitor Manuel Carmo Neves​


​“Sabia que havia guerra em Angola e andava sempre com o coração nas mãos porque, se fosse para a tropa, sabia que ia lá parar.”

Neste testemunho, Vitor Neves, Soldado Condutor na Guerra do Ultramar em Angola, entre 1964 e 1966, revive as memórias desse mesmo período. Recorda que, antes da sua mobilização, já percebia o quão difícil era a guerra pois tinha conhecimento de outros militares que regressaram feridos. 

Conta como a sua família ficou em pânico com a mobilização, tendo feito a instrução militar de Condutor em Elvas, Porto, Queluz e, por fim, Angola.

Já em Luanda, fazia serviço de Intendência na Bataria de Defesa Antiaérea, ou seja, serviços de reabastecimento do quartel e que, como na cidade não havia ações militares de combate relevantes, nunca sentiu medo. Vitor Neves relembra, ainda, a ansiedade vivida pelos sucessivos atrasos no agendamento do regresso a Portugal.

Natural de Beja, Vitor Manuel Carmo Neves, Sócio Combatente da Liga dos Combatentes, cumpriu a sua comissão de serviço como Soldado Condutor na Guerra do Ultramar em Angola, entre setembro de 1964 a outubro de 1966.

Projeto de parceria entre a União das Freguesias de Beja (Santiago Maior e São João Baptista) e o Núcleo de Beja da Liga dos Combatentes, com realização e edição de Nelson Patriarca, desenvolvido no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril de 1974.​

 


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