“No dia em que saí de casa já levava a farda amarela. A minha mãe estava na varanda aos gritos sem saber se eu voltaria ou não.”

José Crujo serviu na Guerra do Ultramar em Angola, entre abril de 1961 e maio de 1963, como Soldado Condutor do Exército ​e é sócio do Núcleo de Beja da Liga dos Combatentes há mais de 60 anos!​

Neste seu testemunho direto relembra o serviço militar, a notícia da mobilização dada pelos camaradas que anunciaram que eram 17 mobilizados e, depois, a comunicação à família e a tristeza sentida por todos e, em particular, pela sua mãe.

Recorda a chegada a Angola e a saudação da população local como uma imagem marcante. Mas as condições precárias das instalações militares onde serviu e a alimentação limitada marcaram negativamente, recordando que o pão era atirado para terra quando os aviões sobrevoavam o quartel. 

A camaradagem foi uma das experiências que melhor recorda da Guerra, um sentimento que hoje perdura, mantendo o contacto regular com os seus companheiros.

Projeto de parceria entre a União das Freguesias de Beja (Santiago Maior e São João Baptista) e o Núcleo de Beja da Liga dos Combatentes, com realização e edição de Nelson Patriarca, desenvolvido no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril de 1974.​