JOSÉ AUGUSTO DA COSTA ALMEIDA
Natural de Moçambique (14 de Junho de 1912) e oficial general da Força Aérea Portuguesa, assumiu os cargos, em acumulação, de Governador-Geral e Comandante-Chefe de Moçambique, em Maio de 1964, em substituição do Vice-Almirante Manuel Sarmento Rodrigues.
Quatro meses decorridos, inicia-se a guerra no território, com as primeiras acções armadas da Frelimo a Norte. O acontecimento, associado ao facto de acumular funções, impele Costa Almeida a permanecer em Lourenço Marques, centrado na condução estratégica da política, economia, diplomacia e acção psicológica da guerra, cabendo a efectiva coordenação e a conduta militar operacional ao comandante da Região Militar, a partir de Nampula. Ou seja, os órgãos principais dos quartéis generais dos três ramos das Forças Armadas eram transferidos para Norte, funcionando junto das regiões afectadas. Daqui resultou, atendendo até à própria distância entre os centros de poder governativo e militar, deficiências de coordenação e de unidade de acção.
A despeito de administrar a Província Ultramarina consciente da necessidade de fazer face às carências das populações autóctone e garantir a vida corrente aos metropolitanos, por um lado, e de acompanhar a guerra à distância, que se desenrolou no eixo Cabo Delgado-Niassa, durante o seu mandato, por outro, a guerra pautou-se por um ritmo de baixa intensidade, de contenção da ameaça da guerrilha e de controlo de danos e de custos.
Após Salazar sofrer o acidente no forte de Santo António Estoril, em início de Agosto de 1968, Marcello Caetano toma as rédeas da governação em finais de Setembro e decide-se pela separação de poderes nas províncias. Assim, nesse mesmo ano o General José da Costa Almeida cessa funções e é substituído no cargo de Governador-Geral pelo médico Baltasar Rebelo de Sousa, e empossa General do Exército António Augusto dos Santos no cargo de Comandante-Chefe.
O General José da Costa Almeida faleceu em Lisboa a 18 de Setembro de 1998.
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