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“Este seminário tem como grande objetivo propiciar um espaço e um tempo de diálogo sobre os grandes temas da atualidade da Defesa Nacional”, declarou o Ministro João Gomes Cravinho

Portal da Defesa na InternetInícioComunicaçãoNotícias1º seminário de defesa nacional: desenvolver respostas para os grandes desafios
05 de fevereiro de 2019

 

​“Este seminário tem como grande objetivo propiciar um espaço e um tempo de diálogo sobre os grandes temas da atualidade da Defesa Nacional”, declarou o Ministro João Gomes Cravinho na sessão de abertura do I Seminário de Defesa Nacional, que contou com a presença do Primeiro-Ministro, António Costa, e da Ministra das Forças Armadas de França, Florence Parly.

A primeira edição do seminário, que teve lugar esta terça-feira no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, pretende “envolver a sociedade portuguesa”, através da participação de um conjunto de especialistas do mundo civil. “Estas duas dimensões - uma interna, necessariamente mais restrita, e uma mais ampla, com a integração de perspetivas mais diversas - são essenciais para que a Defesa Nacional possa desenvolver as respostas capazes para os grandes desafios do nosso tempo e do futuro próximo”.
A presença do Primeiro-Ministro, António Costa é “um sinal inequívoco do interesse e do empenho deste Governo em matérias de Defesa Nacional”, considerou o Ministro, sublinhando que a ideia de realizar um Seminário de Defesa Nacional surgiu em conversa com o Primeiro-Ministro, como “resposta ao sentimento de nos fazer falta um espaço em que se poderiam debater os grandes temas da atualidade nesta área entre os principais responsáveis pela elaboração e pela execução das políticas”.

A presença da Ministra das Forças Armadas de França, Florence Parly, foi considerada pelo Ministro da Defesa “particularmente feliz”, tendo em conta a “cooperação próxima que os dois países têm mantido no domínio da Defesa”.

Portugal e França “contribuem conjuntamente para uma cultura de defesa europeia, nomeadamente no âmbito da Iniciativa Europeia de Intervenção, e na partilha de ideias e iniciativas no espaço da União Europeia e, também, da NATO”, disse Gomes Cravinho.

Ainda a este respeito, o Ministro da Defesa sustentou que os dois países “têm vindo a aprofundar” a cooperação para a segurança marítima no Golfo da Guiné e para a estabilização da África Central, salientando que “continuaremos a fazê-lo, refletindo a sobreposição e convergência dos nossos interesses”.

A cooperação estreita, a cultura estratégica comum, as operações atuais marcaram a intervenção da Ministra das Forças Armadas de França. Segundo Florence Parly, existe uma ambição comum em construir uma Europa capaz de “garantir a própria segurança; intervir sempre que os nossos interesses estiverem em jogo e, proteger seus cidadãos”.

Ideia partilhada pelo Primeiro-Ministro, que afirmou que “Portugal tem de estar presente com uma voz responsável e credível na miríade de organizações internacionais, onde os países cooperam para garantir a regularidade do funcionamento e a segurança do sistema internacional”, defendeu.
António Costa anunciou que o Governo está a “reavaliar o modelo previsto para as participações do Estado nas Indústrias de Defesa, na sequência do desenvolvimento da política comum de Segurança e Defesa”. Para o Primeiro-Ministro, a Indústria de Defesa é “um ativo estratégico e um setor em que existe um importante interesse nacional”.

A existência de uma Indústria de Defesa Nacional “associada a tecnologias de elevado valor acrescentado” estimulará a ligação aos centros de investigação e as universidades nacionais e potenciará o seu “envolvimento com os mercados internacionais de defesa”, sustentou.

A finalizar, o Primeiro-Ministro fez um balanço dos quadros de cooperação nos quais Portugal participa em termos militares e de Defesa, referindo que em 2018, as operações e missões internacionais empenharam “uma média mensal de 860 militares, um aumento de 17%”, face ao ano anterior.

As relações entre as Forças Armadas e a sociedade, os desafios da Ciberdefesa e ciberameaças, a Cooperação civil-militar na resposta a ameaças não militares e, o Desenvolvimento da Base Tecnológica e Industrial de Defesa são os quatro temas do I Seminário de Defesa Nacional.

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